Todas as manhãs, ao passar os olhos pelos jornais, me pego arquitetando uma fantasia quase infantil de desforra contra a barganha, clientelismo, fisiologismo e outros ismos que não acabam mais. O de possuir um hipotético poder de fulminá-los, quem sabe, com um eficiente raticida ou uma dolorosa armadilha de caça, até o extermínio total desses desqualificados humanos - reprovavelmente chamados "lobos".
Enquanto isso, esses belos exemplares reais de lobo estão merecendo atenção pelo justo e legítimo retorno. Segundo o jornal La Repúbblica esta manhã, os biólogos que os monitoram no Parque Nacional de Majella - situado na região central do país, em Abruzzo - podem respirar tranquilos pela espécie.
Quase dizimados no início dos anos 70 pela contínua disputa pelo habitat com o homem, os lobos entraram no programa de proteção que já dura 40 anos. O resultado é que se contabiliza hoje uma alcatéia dividida em 12 grupos, num total de 70 a 80 exemplares na região.
Demonizada ao longo de milênios por caçadores, pastores e até pela literatura popular, era hora que a espécie retomasse o seu devido lugar. O homem tem uma dívida moral impagável com estes belos animais.
Quanto a "lobos" de outra alcatéia, tudo indica que estão longe de extinção. Aliás, festejam a multiplicação contínua.
3 comentários:
Nao foi uma avo de uma dessas alcateias que amamentou Romulo e Remo?
Entao.
Será, que ela veio com Colombo tb?
tô achando que veio a alcatéia toda.bjs.Lu(diu)
Nei:
Pois é...E não é que em vez destes dois aprenderem a lição com a mãe-loba se desvirtuaram pelos caminhos humanos? E ainda, construiram um império!
Diu:
Fico me perguntando como estará a população de lobos-guará no Brasil. Com a febre de etanol, o habitat deles já tem um fim decretado, pobreas animais...
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