Estava para postar sobre essa 'comidinha do bem', da foto abaixo, preparada no último domingo com a reciclagem de todas as sobras da noite anterior, quando coincidentemente me deparei com dois artigos publicados hoje, relacionados ao tema.
O primeiro discute o desperdício de comida no mundo, no fórum da BBC Brasil. O outro, publicado no jornal italiano La Repubblica, cita o caso de uma pequena cidade australiana de Bundanoon, com apenas 2 mil habitantes, que decretou a proibição da venda de água mineral na cidade. Os números pelos quais a cidade se baseou para a drástica decisão revelam a incoerência da devastadora indústria de consumo e o círculo vicioso no qual todos somos cúmplices, ao repetir a máxima popular "minha contribuição não faz nenhuma diferença".
Segundo o artigo, é necessário 81 milhões de litros de petróleo e 600 bilhões de litros de água para produzir 154 bilhões de garrafas plásticas consumidas hoje. Um paradoxo, pois 1 litro de agua mineral que compramos na esquina, necessitou de outros 4 litros de água apenas para produzir o seu recipiente. Sem falar da crescente expansão e lucros das empresas engarrafadoras, que nos impõem este bem natural e vital como fosse um 'produto' ou até uma grife.
Ao diagnosticar problemas renais há cerca de 8 anos, me incentivei a cortar o consumo de água engarrafada pelo de torneira, como solução mais racional e consciente para a terapia. Eu precisava tomar ao menos 2 litros de água por dia. O tratamento e distribuição da água encanada de Milão são frequentemente certificados como excelentes - iguais ou até superiores que muitas marcas difundidas - , razão a mais para que eu me liberasse de vez do remorso com a multiplicação de garrafas no meu lixo. Era um non-sense suar sete camisas para buscar minhas provisões no supermercado da esquina por um bem que possuo em casa e enriquecer as empresas de PETs e engarrafadoras. E ainda, ter que descer continuamente com sacos gigantescos de lixo para o cestão diferenciado do condomínio.
O artigo me estimulou a recalcular minha pequena mudança doméstica. Nestes anos de terapias renais, deixei - surpreendentemente - de produzir de 3 a 5 mil litros plásticos em casa. E num cálculo inverso, a indústria produtora de Pets economizou 20 mil litros de água para produzir o meu lixo. Quem diz que o nosso microcosmo não faça o macro?
Bem, sobre a comidinha da foto acima deixo para a próxima...
Segundo o artigo, é necessário 81 milhões de litros de petróleo e 600 bilhões de litros de água para produzir 154 bilhões de garrafas plásticas consumidas hoje. Um paradoxo, pois 1 litro de agua mineral que compramos na esquina, necessitou de outros 4 litros de água apenas para produzir o seu recipiente. Sem falar da crescente expansão e lucros das empresas engarrafadoras, que nos impõem este bem natural e vital como fosse um 'produto' ou até uma grife.
Ao diagnosticar problemas renais há cerca de 8 anos, me incentivei a cortar o consumo de água engarrafada pelo de torneira, como solução mais racional e consciente para a terapia. Eu precisava tomar ao menos 2 litros de água por dia. O tratamento e distribuição da água encanada de Milão são frequentemente certificados como excelentes - iguais ou até superiores que muitas marcas difundidas - , razão a mais para que eu me liberasse de vez do remorso com a multiplicação de garrafas no meu lixo. Era um non-sense suar sete camisas para buscar minhas provisões no supermercado da esquina por um bem que possuo em casa e enriquecer as empresas de PETs e engarrafadoras. E ainda, ter que descer continuamente com sacos gigantescos de lixo para o cestão diferenciado do condomínio.
O artigo me estimulou a recalcular minha pequena mudança doméstica. Nestes anos de terapias renais, deixei - surpreendentemente - de produzir de 3 a 5 mil litros plásticos em casa. E num cálculo inverso, a indústria produtora de Pets economizou 20 mil litros de água para produzir o meu lixo. Quem diz que o nosso microcosmo não faça o macro?
Bem, sobre a comidinha da foto acima deixo para a próxima...