Quando desembarcamos no aeroporto de Santiago, no Chile, nem Pablo Neruda, nem Salvador Allende ou uma taça de Concha y Toro ocupavam a minha cabeça. Havia em mente apenas o primordial, para conhecer a cidade: o “uni”(ovas de ouriço-do-mar, em japonês) que encontraria em abundância no Mercado Central de Pescados da cidade.
Mal pousamos nossas bagagens no hotel, e fomos diretamente ao mercado, que a um quarteirão de distância, já odorava de Pacífico.
“Uni, señorita?”. “Tenemos ウニ、安いですよ!”, pipocavam vozes em japonês, com sotaque espanhol, ao me verem com a inegável feição oriental.
Não me lembro quanto pagamos, quanto menos o câmbio com o euro, real ou dólar. Pouco me importava do valor. Sabia apenas que era barato.
Entramos num cubículo, onde os garçons já haviam determinado o nosso pedido. 「ウニ、美味しいですよ!」. Pedimos as ovas, que vieram acompanhadas de limão siciliano, azeite e coentro picado. A cada porção que levávamos à boca equivalia a um orgasmo. Tudo com um bom Cabernet Sauvignon chileno.
Os 4 dias em que permanecemos na cidade, dispensamos o café-da-manhã do hotel. Acordávamos cedo e deixávamos o hotel para trás, sob o frio de cortar os ossos daquele mês de julho. Às 7:30 da manhã, já estávamos no mercado, para devorar uma sopa quente como aquela da 1a foto, acima. Aquele era o habitual café-da-manhã dos carregadores e caminhoneiros locais.
Mal pousamos nossas bagagens no hotel, e fomos diretamente ao mercado, que a um quarteirão de distância, já odorava de Pacífico.
“Uni, señorita?”. “Tenemos ウニ、安いですよ!”, pipocavam vozes em japonês, com sotaque espanhol, ao me verem com a inegável feição oriental.
Não me lembro quanto pagamos, quanto menos o câmbio com o euro, real ou dólar. Pouco me importava do valor. Sabia apenas que era barato.
Entramos num cubículo, onde os garçons já haviam determinado o nosso pedido. 「ウニ、美味しいですよ!」. Pedimos as ovas, que vieram acompanhadas de limão siciliano, azeite e coentro picado. A cada porção que levávamos à boca equivalia a um orgasmo. Tudo com um bom Cabernet Sauvignon chileno.
Os 4 dias em que permanecemos na cidade, dispensamos o café-da-manhã do hotel. Acordávamos cedo e deixávamos o hotel para trás, sob o frio de cortar os ossos daquele mês de julho. Às 7:30 da manhã, já estávamos no mercado, para devorar uma sopa quente como aquela da 1a foto, acima. Aquele era o habitual café-da-manhã dos carregadores e caminhoneiros locais.
A sopa é algo semelhante à caldeirada, com substanciosos pedaços de peixes, moluscos e crustáceos, servida numa cumbuca. Para se ter a idéia, um único mexilhão (sem as conchas) cabia inteiramente sobre a colher, tamanha a fartura.
Com o corpo aquecido, pegávamos o caminho de volta para o hotel, onde os hóspedes mal começavam a descer para o café-da-manhã. Tomávamos apenas uma xícara de café americano, antes de sair novamente para a rua. Só então nos sentíamos prontos, para começar o dia. E pensar nas poesias de Pablo Neruda.
Com o corpo aquecido, pegávamos o caminho de volta para o hotel, onde os hóspedes mal começavam a descer para o café-da-manhã. Tomávamos apenas uma xícara de café americano, antes de sair novamente para a rua. Só então nos sentíamos prontos, para começar o dia. E pensar nas poesias de Pablo Neruda.
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