Com finalidade de limitar a presença de crianças estrangeiras nas escolas públicas italianas, a ministra Mariastella Gelmini, do Ministério de Instrução do governo Berlusconi, deu hoje uma entrevista na qual afirma a possibilidade de introduzir um teto de apenas 30% de alunos estrangeiros em cada classe. O projeto poderá ser operativo a partir do próximo ano.
A ministra se esquece, porém, que a grande maioria destas crianças é nascida na Itália, cujos pais, imigrantes ou não, vivem, trabalham e pagam regularmente os impostos como um cidadão italiano qualquer.
Me transportei instintivamente aos anos 60, na minha escolinha primária. Sendo eu, filha de imigrantes japoneses, me imaginei sofrendo uma quarenta social por uma lei fascista como esta, sem acesso à escola e à cultura. Como outros companheiros de classe, claro, filhos de italianos, espanhóis, gregos, chineses e libaneses, até onde eu me lembre.
Dada a média italiana de 20 alunos por classe, na qual apenas 6 serão estrangeiros, o que serão de outras crianças excedentes que não puderem entrar na quota?
A propósito, em que século estamos mesmo?
4 comentários:
Perversidade, essa ministra é do mal!
Já pensou nas consequencias? As perseguições e tudo mais?
Beijo
PAola
Que absurdo!!
Tem gente que acha que o mundo gira em torno do próprio umbigo.
Beijos
Pois é, Hissahe. E tem comunidades por aí no mundo achando que o governo local ainda deva dar subsídio às escolas de proveniência estrangeira, sabe como...
Nossa, o mundo realmente caminha mais à direita... Uma pena!
Beijos.
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